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Gagueira

O que é Gagueira?

A gagueira desenvolvimental é uma patologia bastante complexa, cujas rupturas notoriamente a destacam como uma marcante dificuldade motora da fala.

Tal patologia é descrita pelo sujeito que a manifesta como uma situação de perda de controle, tendo em vista que este não consegue evitar a quebra do fluxo contínuo da fala.

De acordo com os critérios diagnósticos do DSM-IV (APA,1995) a gagueira é descrita como “… uma perturbação na fluência e no ritmo da fala, que não é própria da idade do indivíduo, caracterizada por ocorrências frequentes de um ou mais dos seguintes aspectos:

  1. Repetições de sons e sílabas;

  2. Prolongamento de sons;

  3. Interjeições (p. ex. Eu tava na escola  ai eu cai);

  4. Palavras truncadas (p. ex., pausas dentro de uma palavra);

  5. Bloqueio audível ou silencioso (p. ex. pausas preenchidas ou não preenchidas na fala);

  6. Circunlocuções (substituições de palavras para evitar as que são problemáticas);

  7. Palavras produzidas com um excesso de tensão física;

  8. Repetições de palavras monossilábicas completas (p. ex., ¨Eu-eu-eu vou¨). A perturbação na fluência interfere no rendimento escolar e profissional ou na comunicação social.

Qual a causa da Gagueira?

Teorias contemporâneas revelam que a gagueira é um distúrbio multifatorial. Portanto, não existe um único fator constitucional ou ambiental que o justifique. Esse distúrbio resultaria da influência complexa de múltiplos fatores como: predisposição genética, habilidades motoras, fatores linguísticos, cognitivos, emocionais e ambientais.

Quando procurar um fonoaudiólogo?

A gagueira tem início estimado entre os 18 meses de idade e a puberdade, porém é comumente manifestada entre 02 e 05 anos de idade, por meio de um aumento gradual de disfluências.

A gagueira na infância pode ser transitória, ou seja, a criança recupera-se naturalmente por volta de 18 meses, com ou sem tratamento mínimo, ou persistente, na qual a criança, se não tratada, gagueja por 03 anos ou mais.

Qual a atuação do fonoaudiólogo nestes casos?

  • Dentre as propostas contemporâneas de terapia para gagueira existem duas vertentes: (1) Modificação da Gagueira e (2) Modelagem de Fala:

  • Na Modificação da Gagueira o clínico tem como meta ensinar o indivíduo gago a aprender a modificar seus momentos de gagueira reduzindo o esforço e a tensão para falar, levando o indivíduo a aprender uma forma mais relaxada para falar.

  • Na Modelagem de Fala a meta é aumentar sistematicamente as respostas fluentes até que elas substituam os momentos de gagueira. A fluência deve ser estabelecida inicialmente na terapia, e então generalizada para outras situações de comunicação. Conforme a necessidade do indivíduo que gagueja, o clínico pode utilizar a integração entre as abordagens.

Referências bibliográficas:

  • Associação Psiquiátrica Americana. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais-DSM-IV.(Trad. de Dayse Batista). Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.

  • Bloodstein O. A handbook of Stuttering. 5ª ed. San Diego: Singular Publishing Group Inc; 1995.

  • Guitar B. Stuttering: an Integrated Approach to Its Nature and Treatment. 3ª ed. MD: Lippincott Williams Eilkins; 2006.

  • Guntupalli VK, Everhart DE, Kalinowski

  • Perkins WH. What is Stuttering?. Journal of Speech and Hearing Disorders. 1990; 55: 370-382.

  • Yaruss JS. Describing the consequences of disorders: Stuttering and the International Classification of Impairments, Disabilities, and Handicaps. J Speech Lang Hear Res. 1998; 41(2):249-57.

  • Yaruss JS. Assessing Quality of Life in Stuttering Treatment Outcomes Research: Documenting multiple outcomes in stuttering treatment. Journal of Fluency Disorders. 2010 sep; 35(3): 190-202.

Referências:

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